Mudança de hábitos – Como conquistar o consumidor cada vez mais exigente e conectado

Sem saber o que vem pela frente, o consumidor se retrai, evita gastar além do necessário, troca as marcas
de sua preferência por outras mais baratas ou  com valores agregados, investe só no que realmente importa para ele. O consumidor não quer abrir mão de seu padrão de vida, mas precisa decidir com equilíbrio em tempos de incerteza econômica. Com essa perspectiva, o consumidor está se reinventando. E as marcas, também, para atendê-lo de acordo com os seus novos desejos.

 

O QUE VOCÊ QUER DIZER, EM QUE VOCÊ ACREDITA E COMO VOCÊ FAZ O MUNDO MELHOR

Segundo a TrendWatching, agência que identifica e analisa tendências de consumo ao redor do planeta, com atuação em mais de 180 países para ajudar empresas a entenderem o novo consumidor e a identificarem oportunidades de inovação, o futuro ainda pertence àqueles que acreditam no progresso. E o progresso vem através da inovação.Em entrevista para a Endeavor Brasil, a estrategista em tendências para as Américas do Sul e Central da TrendWatching, Luciana Stein, elencou cinco aspectos que devem servir, mais do que nunca, como pilares para a inovação: transparência, aspiração, impacto positivo, tolerância e fortalecimento ou, para usar um conceito em voga, empoderamento. Ela afirma que, ao ter como referência um ou mais destes aspectos, os quais ela chama de “verdades”, a empresa fundamentará sua inovação em algo significativo e duradouro.

Transparência – Pesquisa recente da Havas, com mais de 10 mil consumidores ao redor do mundo, mostrou que para 78% deles é “um pouco ou muito importante para uma empresa ser transparente”. E 70% disseram que “atualmente, faz questão de saber mais sobre as empresas das quais é consumidor”. Com esta perspectiva, a diferença entre o que é interno e o que é externo ao negócio está sumindo. Processos, cultura e valores internos são propriedade pública e parte da marca.
Por isto, é preciso falar a linguagem dos seus consumidores: rápida, prática, informal. Eles já têm muita
informação para lidar e algo que soa ineficiente pode não ser uma boa ideia. É preciso conectar os consumidores aos seus pares, porque eles confiam mais nas informações deles do que nas suas;

Aspiração – Com o incremento das mídias sociais, a busca pelo status cresce em tamanho e intensifica- se, com o surgimento de uma classe média realmente global. Mais do que ambição no sentido de ter, a aspiração é ser. Ser mais bonito, mais saudável, mais inteligente, ter mais seguidores. Como aproveitar sua expertise para se aproximar deste consumidor? Mais uma vez, entre as respostas, está conectar seus consumidores uns aos outros.

Impacto positivo – Atuar com transparência e ética, investindo em modelos de inovação que priorizem o meio ambiente e o bem-estar social, é o caminho a ser trilhado pelas empresas que buscam perenidade. Causar impacto positivo, criando valores positivos para a marca é inserí-la no futuro.

Tolerância – Aos diferentes contextos sociais, estilos de vida, escolhas e identidades. Muitas marcas já perceberam isto e sinalizam para seus consumidores a mudança, através de novos produtos, campanhas e ações publicitárias tendo como ponto de partida a tolerância às diferenças.

Empoderamento – De acordo com Luciana Stein, esta verdade é a mais abrangente, por englobar as anteriores. “Estamos no meio de uma mudança de poder épico, que passa das instituições — leis-se governo, mídia e grandes empresas — para o indivíduo”, ressaltou a estrategista em tendências do consumo, lembrando que “ao colocar em prática uma dessas verdades, a empresa estará empoderando os indivíduos para que eles assumam o controle de suas vidas, seus espaços compartilhados e instituições, assim como o próprio futuro de cada um deles.” E conclui: “O que, por consequência, é a melhor maneira de garantir um futuro brilhante para a sua marca.”

Fonte: Revista O Lojista maio/junho de 2017

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